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Olá Filipe!
Estou de volta! LOOL
Apesar da cada vez maior adesão das pessoas cegas aos leitores de ecrã, livros digitais e em áudio, sou da geração das que aprenderam a libertar-se das amarras graças ao Braille.
Porque durante muitos anos vivi mergulhado no mundo do silêncio e da escuridão, tendo como único meio de contato as minhas mãos. E foi com elas que pude aprender este magnífico alfabeto em pontinhos e libertar-me da dependência e piedade alheia.
É por isso que sou um grande admirador de Louis Braille e que escrevo corretamente e sei ler com grande agilidade um texto literário, revista ou jornal impressos em relevo. E também graças a ele aprendi línguas como espanhol e inglês.
Há quem diga que não precisa do Braille para nada, mas sem ele as palavras que escreve são como as que escuta pelo sintetizador de fala, que nem sempre as pronuncia corretamente.
Há quem diga que não precisa do Braille para nada, mas como pode aprender ciências, música e matemática se o computador não consegue reproduzir as fórmulas ou os símbolos, bem como as pautas musicais?
Há quem diga que não precisa do Braille para nada, mas se pretende escrever corretamente em inglês, espanhol, francês ou noutra língua, sem ele tal objetivo seria impossível.
Portanto, o Braille jamais será substituído pelas novas tecnologias, mas sim complementado com elas para uma máxima autonomia das pessoas.
É claro que um livro digital é mais acessível que vários volumes de um só livro em braille, mas o essencial é a literacia, o saber ler de forma compreensiva e o saber escrever de forma correta.
E pessoas surdocegas como eu irão sempre precisar deste fantástico sistema que me abriu imensas portas e janelas!
É sempre bom as pessoas com vista quererem aprender braille, mas à primeira dificuldade já pensam em desistir, achando que este alfabeto só é transmissível pelos cegos...
Mas olha que não existe à superfície da Terra alfabeto mais simples do que o Braille, inventado por um rapaz de origem humilde mas de um coração extraordinário.
Grande abraço
Em que pese o risco da operação, uma vez que o piloto estava numa situação de stress extremo, posto que perdeu a visão e em que pese o outro piloto não estar, provavelmente, treinado para orientar pessoas cegas na atividade de pilotar um avião, o ocorrido deixa claro o papel de uma descrição bem feita, clara, correta, específica e, certamente, concisa: (o avião está em grande velocidade e as informações oferecidas pelo descritor devem ser concisas e permitir a tomada de decisão. Esta, uma vez viabilizada pela descrição e objetivada no menor tempo possível, com o mínimo de palavras e o máximo de informações, traduz o que chamamos de empoderamento resultante da áudio-descrição.
Foi o que ocorreu e o piloto chegou salvo ao solo.
Bem, isso em nada me espanta, conhecendo, como conheço, os benefícios da áudio-descrição e a capacidade de o cérebro humano produzir imagens e delas fazer uso, quando elas chegam aos ouvidos e tato das pessoas cegas ou que têm baixa visão.
Se você deseja saber mais sobre esse assunto e descobrir o significado do empoderamento trazido às pessoas com deficiência visual por meio da áudio-descrição, aproveite e venha participar do II Encontro Nacional de Áudio-descrição em Estudo (www.enades.com.br), a ocorrer do dia 2 ao 6 de Maio próximo.
Divulgue esta informação e, antes de congelar perante os limites que uma deficiência possa trazer a um indivíduo, pense que ele continua sendo capaz, sempre que a sociedade lhe dá as condições e oportunidades.
Francisco Lima
Viva Daniel,
Eu consigo utilizar o gesto do rotor rapidamente e, se for necessário, vezes seguidas, pelo que acho e acredito que tudo é uma questão de hábito para os utilizadores dos dois sistemas.
Quanto ao s6, foi o android que até hoje mais gostei de utilizar, precisamente por ter um leitor de ecrã mais parecido com o VoiceOver, pena que outros não lhe seguem o exemplo.
Caro André Carioca,
Concordo consigo, por isso que quando falo em hardware nunca falei em memória/processador, o que falo é o que exemplifico no texto, altifalantes sterio frontais, gravação sterio, autonomia, carregamento rápido, leitor de cartões, NFC, OTG, rádio, à prova de água, dual chip, etc, nestes pontos para mim o Z5 e outros topos de gama android são claramente melhores.
Quanto a desempenho, acaba por ser uma não questão. o importante a reter é que independentemente do processador/memória, um topo de gama quando é lançado é quase sempre o mais rápido do mercado, até surgir outro topo de gama. Além disso, a capacidade de processamento evoluiu tanto, que a performance de qualquer topo de gama está já acima das necessidades de um uso normal.
Tendo em conta que o Iphone 5s tem mais 2 anos que o z5 compact, até será normal que o Sony tenha melhor desempenho, contudo provavelmente para o uso que dou deve ser pouco notório pelo que nem referi tal vantagem, e porque fiz questão de não entrar nesse tipo de comparações que são difíceis de fazer.
Daniel
Olá Tiago,
O problema do gesto do rotor, não é que seja particularmente difícil, mas por vezes temos necessidade de o fazer várias vezes seguidas, logo, quanto mais rápido melhor, e para fazer várias vezes seguidas há gestos mais simples e rápidos. Poder-se-ia usar por exemplo o gesto de 2 dedos para os lados já que esse gesto não é utilizado.
Quanto ao android o gesto que referes apenas se faz uma vez de cada vez. Tal gesto do android realmente não é a coisa mais simples de aprender a fazer, logo nem todos o fazem corretamente. Falo por mim que inicialmente tinha também dificuldades. Contudo, depois de perceber a lógica, não falha. Atualizei esta indicação no texto, obrigado.
No talkback pode-se alterar todos os gestos, contudo estamos limitados aos disponíveis pelo sistema correspondentes a varrimentos com 1 dedo, que são os 4 gestos de varrer, os 4 gestos de ir e vir, e os 8 gestos em L. Faz falta a possibilidade de utilizar outros gestos, como toques com 2 ou 3 dedos no ecrã. Este tipo de gestos apenas está presente no leitor do Samsung S6, aliás, de todos os leitores (android e ios), este é provavelmente o leitor com melhor usabilidade a nível dos gestos.
Daniel
Olá Daniel.
Excelente artigo.
como já tive experiência nos dois sistemas, sendo que no meu caso utilizei primeiro android, depois IOS, retornando em seguida para o Android e estando atualmente com o Iphone, concordo com quase tudo que disse.
O único ponto que discordo é quando dá importância ao Hardware, colocando como desvantagem do IOS este fator.
Se olharmos as especificações, veremos que alguns topos de linha que rodam android tem sim um hardware superior ao Iphone mais novo e até isso fez com que eu adquirisse um Sony Xperia ZQ, há alguns anos e depois um Galaxy S6.
A questão é a seguinte: Esses equipamentos tem um hardware potente, devido à exigência do sistema operacional.
O Android otimizado pela Samsung, por exemplo, é pesado e por isso necessita de mais processador e memória.
Já o IOS, não exige tanto do hardware. Na prática, verá que o desempenho é praticamente igual.
Pensei que só eu achasse isso, mas se buscar na Internet os diversos Benchmarks feitos entre o Iphone e seus concorrentes diretos também te dirão isso.
Pessoalmente, acho que hardware não deve ser um fator tão decisivo assim na escolha, como pensava antes.
Viva Daniel,
Muitos parabéns pela publicação deste artigo, dos melhores que já vi sem grande polémica.
Como deves saber, , sou usuário desde sempre de iphone, mas já tive várias experiências com equipamentos android, inclusive em versões mais recentes deste sistema operativo, nomeadamente da 4.2 em diante, usando naquela altura somente o talcback, pois o shineplus ainda não tinha feito a sua aparição no mundo tecnológico...
Ora, numa das tuas abordagens, referes que não achas o gesto do rotor, no IOS, assim tão simples... Embora ache que isso pode ser algo subjetivo, permite-me que também te diga que não acho o seu quase parecido, ou pelo menos com o mesmo objetivo para muitas tarefas, no sistema android seja nada fácil de executar. Refiro-me, claro está, aos gestos em l (navegação global e local), e foi uma das coisas que me fez perder a paciência muitas vezes. Talvez uma questão de treino? Isso também posso dizer do gesto do rotor e uma das coisas que digo às pessoas a quem até agora expliquei os primeiros passos de iphone e com bastante sucesso na sua execução, é que quando fazem a rotação com os dois dedos, levantem-nos do ecrã e voltem a colocar da mesma forma, para continuar a rotação. Ora, nos gestos em l, nunca ninguém com paciência se dispus a explicar de forma a que os meus enganos não fossem tão frequentes... Sim, porque ora eles me saíam bem, ora me enganava, ou então o talkback não respondia e eu desanimava...
Felizmente, pelo feedback que alguns utilizadores android me têm feito chegar, e pela leitura que fiz deste teu artigo, constato que agora existe forma de personalizar estes gestos, facto que talvez me possa agradar, sobretudo se for da forma que eu quero (será que sonho? lol) Ah, mas dizes que são gestos mais frequentes... Aqui o conceito de frequência significa que existe algum limite?
Para já é tudo nas minhas considerações. Pelo facto do artigo ser muito extenso e interessante, vou proceder a mais uma ou duas leituras e, se achares por bem, quiçá coloque algumas questões com objetivo não só de ajudar os novatos como os antigos usuários de cada sistema operativo.
Um abraço e, mais uma vez, bem hajas.
Caro Roberto,
Obrigado pelas palavras, tentei dentro do possível ser isento.
Numa dada altura experimentei vários programas de mail no android, e tenho a ideia que um dos que mais gostei foi o Aquamail. Contudo já não me recordo dos motivos, mas preferi utilizar o imbox da google.
Daniel
Caro Daniel Serra, parabéns pelo texto! Sinceramente, nunca li um texto com esse propósito escrito com tanta isenção. Penso que a tua contribuição com esse comparativo é de grande valia para a comunidade que deseja adquirir um dispositivo móvel e tem dúvidas sobre qual comprar.
Em relação a um aspecto abordado por te no texto, mais especificamente ao cliente de e-mail. Uso aqui o Aquamail para Android, e te asseguro que não há nada mais simples para lidar-se com as mensagens, sobretudo seleção e remoção delas. Se ainda usa mesmo que por vezes o Android, recomendo que experimentes esse app. Vais ver o quanto ele é simples e intuitivo.
Finalizo agradecendo-te mais uma vez pelo ótimo texto e contribuição.
Com os melhores cumprimentos,
Roberto.
Olá Marco !
Há já bastante tempo que venho tido contacto com pessoas cegas ... !
Tenho uma grande amiga cega que uma vez me arranjou um abcedário em braille e respectivas letras a negro, e já chegou a passar um ou outro texto, para me aperceber da sensibilidade que vós tendes a ler os textos em Braille loool
De facto o braille, e apesar de toda a tecnologia (incluindo leitores de ecrã ...), o Braille ainda continua a ser uma ferramenta essencial para auto formação, comunicação ... !
Abraços
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