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Comentários efectuados por MANUEL ANTONIO FERNANDES
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Além da acessibilidade ao meio físico, consideremos ainda a necessidade de transitar no meio físico, necessidade, aliás, cada vez mais difícil de satisfazer sem injuriar a integridade física e moral dos traseuntes cegos.
No discurso político e, afinal, na consciência de toda a gente, parecia haver a noção que uma maneira diferente de pensar o urbanismo e a via pública teria de se impor. Cada vez mais, porém, o que se impõe é a ganância e a selvajaria. Quer dizer, é de supor que todos ganhem nos cartazes de publicidade plantados por aí a esmo e da forma mais agressiva, por vezes, desde câmaras municipais até empreiteiros, passando, principalmente, pelas agências de publicidade, as quais deveriam ser as primeiras a estar obrigadas ao respeito pelo transeunte e pela funcionalidade e estética da via pública.
Mas a cidade ainda não é um templo dedicado ao bem-estar do cidadão, é antes uma selva onde todos os vendilhões procuram chamar a atenção do passante. Eu, por mim, já me passei com o abuso que agora ganha vulto por toda a parte sob a forma de cartazes montados numa estrutura semelhante a um cavalete que, muitas vezes, ocupa metade do passeio. Os abusadores são, não sua maior parte, proprietários de lojas ligadas à restauração e víveres frescos que, ao que tenho averiguado, nem sequer pagam quaisquer taxas para o efeito, embora nem por isso deixasse de ser abusivlo. Situações aberrantes como esta, não faltam; o que falta é uma entidade qualquer que ao nível de cada município, fiscalizasse o cumprimento da lei. Se não há lei, haja bom senso e respeito cívico por toda a gente, porque isto não é um problema só de cidadãos cegos. É um problema de cidadãos que estão cegos para as dificuldade de mobilidade de alguns, cegos pelo egoísmo de se julgarem imunes a tais dificuldades, cegos para a emergência duma cultura social que já se rebela contra a barbárie do salve-se quem puder.
Obrigado e desculpem qualquer coisinha!
Subscrevo inteiramente as premissas avançadas pelos dirigentes da ACAPO porquanto devemos todos assumir, até a sociedade em geral e o Estado, a obrigação moral de assegurar o acesso alternativo a conteúdos infornmativos que, afinal, não estão muitas vezes ao alcance duma larga franja daquela mesma população que o seu mercado ou a audiência que, no serviço público de televisão, são quem paga e justifica o dinheiro dos contribuintes nela esbanjado.
O Clube de Cultura da ACAPO pretende organizar um colóquio para questionar ao vivo e com a presença do Provedor do Telespectador, precisamente, sobre dobragem em português de apontamentos informativos e sobre audiodescrição, a qual, aliás, já a RTP fez em condições técnicas fraudulentas, ou seja, vangloriando-se dum procedimento que não aproveitou a ninguém, pelo menos, satisfatoriamente.
Tudo isto devemos nós discutir e esclarecer; façamo-lo, pois, aderindo às acções que o Clube de Cultura da DL/ACAPO planeia em favor da plena cidadania dos deficientes visuais. Este Clube é contactável pelo telefone 21 318 29 23 ou pelo e-mail tb-lisboa@acapo.pt