JOAQUIM GUERRINHA vai ser homenageado pela Câmara Municipal de Sines nas comemorações do dia 25 de Abril
A Câmara Municipal de Sines, associando-se à homenagem póstuma que a Família quis prestar a este sineense, por ocasião dos 30 anos da sua morte - 21 de Fevereiro de 2006 - comprometeu-se, nessa data, a ligar o nome de JOAQUIM GUERRINHA à Toponímia de Sines, reconhecendo-lhe inegáveis competências como Homem, Músico e Tiflólogo.
Decorridos dois anos e, vencidos os protocolos, chegou finalmente o momento de se passar das palavras aos actos...
A cerimónia de descerramento da lápide terá lugar no dia 25 de Abril (parte da manhã) ficando gravado para sempre, na memória da Terra que o viu nascer, o nome de JOAQUIM GUERRINHA.
MÚSICO e TIFLÓLOGO são os dois principais atributos que definiram a vida profissional, social e associativa de JOAQUIM GUERRINHA e que vão aparecer contemplados na placa Toponímica.
RUA
JOAQUIM GUERRINHA
(19131976)
MÚSICO E TIFLÓLOGO
Quem era JOAQUIM GUERRINHA?
JOAQUIM GUERRINHA era alentejano Freguesia e Concelho de Sines. Cegou em criança e como Cego estudou em Lisboa no Instituto Branco Rodrigues dos 7 aos 19 anos.
Aos 22 anos concluiu o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, com 19 valores e, de imediato, concorreu ao Prémio do Conservatório onde obteve o 1º lugar.
Foi noticiado na Imprensa da época e amplamente aplaudido por portugueses e estrangeiros, pela carreira brilhante de MÚSICO-CONCERTISTA.
Foi o Pianista do Sexteto de Cegos da Emissora Nacional, durante 33 anos, dos 25 aos 58 anos de idade.
Com igual força interior, lutou pela sua integração na Sociedade e pela de todos os deficientes visuais, assumindo em plenitude a Vida Associativa: dirigiu durante largos anos uma Associação de Cegos ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA LOUIS BRAILLE e, em 1951, quando tinha 38 anos, era um dos fundadores da Liga de Cegos João de Deus Associações, hoje, absorvidas pela ACAPO.
A instrução e a cultura foram uma bandeira que impôs para a sua vida o que, aliás, defendeu sempre, como sendo a única via para a emancipação da pessoa cega.
Conferencista habitual em temáticas tiflológicas, foi autor de Artigos que levou ao prelo, de Ensaios, de Contos, de Poemas e de Cartas de Amor, perenes de emoção e de espiritualidade.
JOAQUIM GUERRINHA casou-se em Lisboa aos vinte e oito anos, com uma jovem madeirense e teve três filhos, todos nascidos na década de 40.
Do seu perfil psicológico ressaltava uma genuína bondade, um sorriso bonacheirão, um querer bem a toda a gente num amor incondicional Perdia-se pelos amigos dava-se inteiramente!
Dalila de Jesus Guerrinha
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