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Brasil - Pedágio e atendimentos na praça marcam Dia do Óptico em Campina

por Sidarta

ADRIANA ALVES

Acabar com o preconceito ainda é a maior luta dos deficientes visuais. Esta é a opinião da presidente do Instituto dos Cegos de Campina Grande, Adenize Queiroz. Para ela, os deficientes visuais ainda são vistos como pessoas incapazes de desenvolver qualquer atividade e que, por este motivo, a maioria das pessoas tem uma visão equivocada. “Existe uma lei federal que estabelece o sistema de cotas e diz que empresas com mais de 100 funcionários têm de oferecer de 2 a 5% das vagas aos deficientes visuais. Mas, não é isso que vem acontecendo”, frisa. Ela sugere uma mudança de mentalidade como forma de inibir a prática do preconceito.

Ontem, para comemorar o Dia do Óptico, data que coincide com o dia de Santa Luzia (protetora dos olhos), a direção e usuários do Instituto dos Cegos promoveram um dia de protestos e reivindicações em frente à sede, localizada no bairro do Catolé. Os alunos fizeram um pedágio em frente ao prédio e, em seguida, com bengalas nas mãos passearam nas imediações do prédio. “Escolhemos esta data para ser comemorado o Dia do Deficiente Visual”, declarou Adenize.

A data também foi lembrada pelo Núcleo de Ópticas da cidade, que programou diversos atendimentos na Praça da Bandeira durante todo o dia de ontem, o chamado Dia “D” de cuidados com a visão. Segundo o presidente do Núcleo de Ópticas, Antonísio Pereira, a maior preocupação é conscientizar a população sobre os cuidados com a visão e principalmente a aquisição de óculos irregulares. Serviços como limpezas, pequenos consertos de óculos, ajustes e regulagem em geral foram oferecidos à população campinense. Além dos serviços, panfletos educativos também foram distribuídos sobre a importância e cuidados com a visão.

Essa é a primeira campanha realizada pelo núcleo. Segundo Antonísio a idéia é de que campanhas com este foco sejam promovidas com mais freqüência na cidade. Ele fez um alerta para as pessoas que adquirem óculos irregulares e que acabam comprometendo a visão. Geralmente são óculos que são comparados em bancas de camelôs e feiras livres. “O uso freqüente destes óculos pode acarretar a glaucoma, doença muito freqüente, dentre outras patologias”, destacou. “O interessante é procurar um oftalmologista para indicar o melhor óculos”.

Fonte:Jornal da Paraíba

Comentários

Já está mais que na hora mesmo de esse tipo de preconceito acabar, tenho esperança que em 2007 haja melhoras, e achei super interessante a iniciativa do pedágio, para conscientisar as pessoas, creio que cabe a nós portadores de deficiência lutarmos por nossos direitos, e tomarmos mais iniciativas como esta.