Prezados,
Com os meus desejos de boa viagem e sucesso na aquisição de seus novos cães-guias aos 3 brasileiros que vão aos Estados Unidos para buscar seus companheiros de 4 patas, partilho com vocês o texto abaixo.
Vale ler, participar e colaborar com o IRIS, instituição pela qual, também eu peguei minha cão-guia Okra.
Parabéns Iris, parabéns usuários de cães-guias pelo dia de comemoração pelos serviços desse amigão da pessoa com deficiência visual.
Cordialmente,
Francisco Lima
DIA INTERNACIONAL DO CÃO-GUIA
Brasileiros partem para os Estados Unidos em busca de cães-guias treinados pela Leader Dogs for the Blind
Em parceria com o Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS), os deficientes visuais José Carlos Rodrigues, Maria Rita de Paiva Souza e Maria Rosa Delmasso Rodrigues viajam para os Estados Unidos, nesta quinta-feira (26/4), para buscar cães-guias treinados pela Leader Dogs for the Blind. O trio passará por um processo de capacitação intensiva para se adaptar a uma nova rotina, ministrado pelo instrutor técnico do IRIS, Moisés Vieira dos Santos Júnior um dos poucos brasileiros credenciados pela International Guide Dog Federation. As aulas serão em português.
Desde 2009, o IRIS não envia brasileiros para a Leader Dogs for the Blind por
falta de patrocinadores. Hoje, o Brasil possui 1,2 milhão de pessoas com deficiência visual e pouco mais que 70 cães-guia. A fila de espera por um cão-guia no IRIS é de mais de 3 mil pessoas.
São Paulo, 23 de abril de 2012 O Dia Internacional do Cão-Guia, que em 2012 será celebrado em 25 de abril, terá um significado especial para três deficientes visuais brasileiros.
A data é anterior à esperada viagem a Michigan, nos Estados Unidos, para a realização de um sonho buscar um cão-guia treinado pela Leader Dogs for the Blind. Com organização do Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS), parceiro no Brasil da entidade norte-americana, José Carlos Rodrigues, Maria Rita de Paiva Souza e Maria Rosa Delmasso Rodrigues se preparam para uma temporada de 26 dias de capacitação destinada a adaptá-los a uma nova rotina. Nesse período, o instrutor brasileiro Moisés Vieira dos Santos Júnior irá ministrar aulas, em português, que incluem conhecimentos sobre cuidados diários com os cães, trajetos (em cidades e zona rural) e condução. Todo o treinamento será feito nas dependências da Leader Dogs for the Blind, em Rochester, Michigan. O instrutor é um dos poucos no Brasil a ser reconhecido pela International Guide Dog Federation.
José Carlos, Maria Rita e Maria Rosa sabem que são uma exceção à regra de exclusão.
Embora o Brasil possua cerca de 1,2 milhão de pessoas com deficiência visual, há pouco mais de 70 cães-guias circulando nas ruas brasileiras. Desde 2009, o IRIS não envia brasileiros para a Leader Dogs for the Blind por falta de recursos financeiros; na fila de espera da ONG há mais de 3 mil pessoas aguardando um cão-guia. Para Maria Rita de Paiva Souza, que vai passar o aniversário de 30 anos na Leader Dogs, o cão-guia é sinônimo de independência, liberdade. Vítima de uma doença degenerativa que começou aos nove anos, ela é cega desde os 22 anos e depende de bengala para se locomover. Há quatro anos, depois de intensa pesquisa e muita reflexão, a psicóloga que trabalha na área de Recursos Humanos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) encontrou no IRIS a possibilidade de uma nova vida.
A perda da visão tolhe a liberdade, compromete a qualidade de vida; é muito difícil andar pelas ruas de São Paulo com a bengala por conta dos inúmeros obstáculos, das calçadas esburacadas. Com o meu cão-guia, poderei ter acesso a pequenos prazeres como ir a um salão de beleza sozinha, sem depender da agenda de acompanhantes. Já tenho muitos planos e uma agenda cultural intensa para quando voltarmos ao Brasil; quero ir ao cinema, ao teatro. Minha vida vai mudar, afirma Maria Rita. A casa de Maria Rita está pronta para receber o cão-guia, que terá um cãopanheiro a psicóloga divide a casa com o marido e uma lhasa apto chamada Donatella.
Maria Rosa Delmasso Rodrigues também está ansiosa. Desde a morte de Gabi seu primeiro cão-guia, que faleceu em 2009 Maria Rosa, como vários deficientes brasileiros, tem problemas de acessibilidade. Deficiente visual desde os 27 anos por um descolamento de retina, hoje com 46 anos, ela é uma pessoa extremamente ativa e com uma rotina profissional intensa. Moradora da cidade de Marília, em São Paulo, Maria Rosa trabalha como diretora de uma escola municipal de ensino infantil. A volta à bengala impôs uma série de restrições no caminhar por conta de obstáculos e calçadas destruídas. A rotina com bengala impõe um estresse absurdo, que não temos com o cão-guia. Gosto muito de caminhar, mas com a bengala a caminhada por lazer não é possível. Pela falta de conservação das ruas, já me machuquei e tive que operar os dois joelhos. Com o cão-guia, não tinha essa preocupação; não chegava ao trabalho cansada; tinha liberdade, afirma.
A viagem será para José Carlos Rodrigues um passo em direção da reconquista da liberdade; da qualidade de vida. Residente em Florianópolis, ele parte para os Estados Unidos para buscar o seu terceiro cão-guia. Aos 44 anos deficiente visual desde os 22 anos por glaucoma congênito José Carlos tem usado a bengala há dois anos; uma solução que já lhe custou uma queda dentro de um bueiro. Além de todo o estresse causado pela má conservação das vias públicas e pelos obstáculos aéreos, a vida sem cão-guia implica em outros aspectos. O cão-guia é um agente socializador, que faz com que a percepção que as pessoas têm sobre os indivíduos com deficiência visual mude. Passamos a integrar a sociedade com mais leveza, afirma.
O trio estará no Aeroporto Internacional de São Paulo Governador André Franco Montoro, em Guarulhos, na quinta-feira, 26 de abril, a partir das 18 horas. Na ocasião, a direção do IRIS fará uma mobilização com entrega de panfletos para chamar atenção para a causa. O Dia Internacional do Cão-Guia é comemorado anualmente na última quarta-feira do mês de abril.
LEADER DOGS FOR THE BLIND
Fundada em 1939 por três integrantes do Lions Club, a Leader Dogs for the Blind oferece cães-guia a pessoas com deficiência visual, tendo por objetivo melhorar a mobilidade, independência e qualidade de vida. Todos os anos, mais de 250 participantes são assistidos pelo programa de capacitação composto por treinamento intensivo por um período de 26 dias nas dependências da organização, em Rochester Hills, Michigan (Estados Unidos) para que possam se adaptar com o cão-guia. Única instituição do Hemisfério Ocidental a capacitar deficientes visuais e surdos para atuar com cão-guia, a Leader Dogs ministra, também, cursos destinados a melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência visual: mobilidade acelerada, capacitação para o uso do Trekker GPS, cursos de computação e seminários com especialistas em mobilidade. Com investimentos de empresas e voluntários, a Leader Dogs for the Blind conta com instalações compostas por residências para os hóspedes, centro de treinamento de cães-guias (Downtown Training Center), canil com capacidade para 310 animais e clínica veterinária. www.leaderdog.org.
IRIS
O Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS), entidade sem fins lucrativos, foi fundado em 2002, em São Paulo (SP), com a missão de desenvolver atividades que acelerem o processo de inclusão social das pessoas com deficiência visual. A prioridade institucional é a difusão do cão-guia como grande facilitador do processo de inclusão. O Instituto é um dos poucos no Brasil com um instrutor reconhecido pela International Guide Dog Federation (Inglaterra), especialmente qualificado pela Royal New Zealand Foundation for the Blind - Guide Dog Services (Nova Zelândia) entre 1996 e 1999. www.iris.org.br / www.caoguia.wordpress.com
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José Santos
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