Dia 21 às 17 horas.
Dia 22 às 15 horas.
Bienal do livro Rio/2007
Caravana do livro acessível
Livro acessível já!
(Visita a feira: dia 21 e 22 setembro/2007 a tarde)
O que é um livro acessível?
O livro acessível é aquele que se adapta ao formato do desenho universal, podendo, assim, ser lido por todas as pessoas, com ou sem deficiência, de forma autônoma.
É preciso que esse livro seja sonoro. Desta forma, ele poderá ser ouvido por pessoas com deficiência visual. Além disso, o livro acessível deverá propiciar acesso ao texto de forma visual e digital, para que, de um lado, as pessoas cegas possam soletrá-lo, conhecendo a sua grafia e, de outro, as pessoas com baixa visão consigam lê-lo utilizando letras de tamanho aumentado.
O livro acessível, produzido com base no conceito do desenho universal, também é capaz de proporcionar a impressão do respectivo conteúdo em Braille, única forma de leitura possível para pessoas com surdo-cegueira, que lêem exclusivamente através do tato. O Braille também é utilizado por pessoas com deficiência visual.
Outras beneficiárias desse meio de acesso à leitura são as pessoas sem destreza manual, como alguns tetraplégicos e paralisados cerebrais, uma vez que poderão lê-lo sem a necessidade de virar folhas, bem como as pessoas com deficiência intelectual e disléxicas, que assimilam muito melhor a informação escrita quando acompanhada de sua forma falada.
Na Europa e nos EUA já são vendidos livros que atendem ao conceito do desenho universal, na medida em que o formato DAISY acrônimo em inglês para Sistema Digital de Informação Acessível é dotado de todas essas características. Os livros são distribuídos em CD-ROM, fazendo com que o seu conteúdo possa ser acessado por um cego, por exemplo, a partir de um computador. Além disso, o áudio pode ser reproduzido em qualquer tocador de mp3. Logo, mesmo pessoas que não necessitam de quaisquer desses recursos, usam esses livros quando estão em engarrafamentos, sendo, inclusive, um excelente meio de entretenimento.
Contudo, o verdadeiro acesso à leitura exige que toda a literatura esteja disponível para todos. Para tal, todos os níveis de governo devem agir, quer pelo fomento, quer pela fiscalização/normatização, fazendo com que as editoras dos livros comuns assumam a responsabilidade de fornecer o que produzem normalmente para todos, e não para as atuais instituições oficiais. Só desta forma conseguiremos ter acesso adequado à educação e à cultura, não apenas de forma livre e irrestrita, mas, acima de tudo, com dignidade.
Não é por outra razão que exigimos livros acessíveis comerciais, vendidos nas e pelas livrarias, comprados por nós, consumidores em potencial de acessibilidade e de meios alternativos, instrumentos de uma sociedade que pretende ser justa, solidária e igualitária.
Em nome da liberdade literária das pessoas com deficiência no Brasil, milhões de "brasileiros discriminados" gritam:
"LIVRO ACESSÍVEL JÁ!"
"Enquanto houver uma pessoa discriminada, todos seremos discriminados",
porque "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito".
ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT
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