Estudo realizado na Universidade da Califórnia, EUA, sugere que medicamento ainda em fase de testes poderá dar a cegos a capacidade de perceber a luz. Segundo os pesquisadores, ao injetar a substância nos olhos de camundongos cegos, os cientistas restauraram parcialmente a visão desses animais. Houve mudanças de comportamento, mas não foi possível determinar o quanto os camundongos estavam enxergando.
De acordo com a médica oftalmologista Eliane Chaves Jorge, o estudo é totalmente experimental e ainda está em fase de testes em animais, porque existe uma série de procedimentos antes de o medicamento ser utilizado pelo ser humano. “Apesar de ainda ser experimental, ele teve resultados muito animadores do ponto de vista de recuperação da função visual desses animais. Como a droga se mostrou não ser tóxica à retina e ter efeito mais duradouro do que outras drogas testadas antigamente, este estudo traz esperança de que esse medicamento pode passar por essas fases experimentais e chegar à fase de experimentação humana. Talvez daqui uns cinco anos essa droga seja testada também em seres humanos”, declara.
A especialista explica que há várias doenças que podem levar à cegueira e orienta o que a população deve fazer para evitar o problema. “O exame oftalmológico é importante em qualquer fase da vida. Se a criança nasce prematura, por exemplo, ela tem risco de desenvolver uma doença chamada retinopatia da prematuridade, que leva à cegueira em três meses, se não tratada. Então, esta doença é detectada ainda no berçário”, afirma.
Eliane Chaves destaca, ainda, que a catarata congênita também é uma doença prevalente em bebês, mas que pode surgir mais tarde, aos dois ou três anos de idade. “Por isso, sempre que os pais notarem um reflexo branco ou diferente na pupila da criança devem procurar imediatamente o oftalmologista. Isto porque, assim como a catarata congênita e o glaucoma congênito, existem tumores intraoculares, como o retinoblastoma, que podem ser detectados pelo Teste do Olhinho. Depois, na primeira infância, até os quatro anos, é sempre bom passar por exames oftalmológicos para verificar estrabismo. Na fase adulta, há várias outras doenças oftalmológicas, mas as mais importantes são glaucoma, catarata e a retinopatia diabética”, completa a oftalmologista.
Fonte:
http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%DADE,93325
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