Plano Nacional Igualdade: APD lamenta não ter sido ouvida

A Associação Portuguesa de Deficientes lamentou, esta sexta-feira, não ter sido ouvida na elaboração do Plano Nacional de Acção do Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades, cuja apresentação pública vai estar a cargo, esta sexta-feira, do primeiro-ministro, José Sócrates

Em declarações à TSF, Humberto Santos, presidente da APD, não tem dúvidas em afirmar que este Ano Europeu está a começar mal, já que «supostamente os cidadãos deveriam ser envolvidos nas medidas que lhe dizem directamente respeito e este plano aparece hoje a público sem que tenhamos, em momento algum, sido auscultados e informados.»

«Parece-nos que [este] não é o espírito do Ano Europeu de Igualdade de Oportunidades», desabafou o presidente da APD.

Respondendo a estas afirmações, Elza Pais, a coordenadora da estrutura de missão responsável pela elaboração do Plano Nacional de Acção já veio a público afirmar ser impossível trabalhar um documento do género com todas as mais de meia centena de organizações de deficientes existentes em Portugal, motivo pelo qual foram escolhidas apenas três, tendo a selecção sido feita com a ajuda da Secretaria Nacional para a Reabilitação de Pessoas com Deficiência.

«Trabalhámos com associações que eram representativas de todas as áreas da discriminação. No caso das deficiências, trabalhámos com a ACAPO, a Federação Nacional das CERCI e com a Federação Nacional das Associações de Deficientes Mentais», adiantou Elza Pais.

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=264244