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Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação no congresso "Afectividades na Deficiência" realizado no Marco de Canaveses

por Lerparaver

A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação defendeu, hoje(*), em Marco de Canaveses, que a intervenção junto dos cidadãos com deficiência deve ser "credível e sustentável".

Idália Moniz, que falava na sessão de encerramento do congresso "Afectividades na Deficiência", considera que essa credibilidade facilitará as relações com a comunidade e sobretudo a integração plena das pessoas com deficiência. "Quanto mais credível e mais sustentável for a intervenção dos técnicos e dos dirigentes na área da deficiência, mais fácil será lidar com os comentários e as reacções de uma comunidade que não se abstém, em muitos casos, de ser cruel", afirmou a secretária de Estado.

Mais de duas centenas de participantes, entre técnicos e cidadãos com deficiência e seus familiares, oriundos de várias zonas do país, debateram a afectividade e a sexualidade das pessoas com deficiência.

O congresso foi organizado pela Câmara Municipal do Marco de Canaveses, um dos cinco municípios em todo o País que já criaram o cargo de provedor do cidadão com deficiência.

Ao defender o conceito de que os cidadãos deficientes "não são anjos assexuados nem diabos à solta", a secretária de Estado da Reabilitação exortou os presentes para que sejam "um agente da mudança".

"Temos de mudar este paradigma da diferença mas temos também de mudar a forma como nos relacionamos, uns e outros, independentemente da nossa cor, do nosso credo, da nossa condição física, sensorial ou motora", frisou.

Para Idália Moniz, a mudança de atitude "é um grande desafio que nos é colocado enquanto decisores e enquanto cidadãos".

A concluir os trabalhos do Congresso, o presidente da autarquia, Manuel Moreira, anunciou a realização, quinta-feira à noite, no salão de festas dos bombeiros locais, de um concerto solidário com a participação do cantor José Cid.

A receita arrecadada com o espectáculo destinar-se-á a ajudar na construção de uma habitação de um cidadão do Concelho que ficou paraplégico na sequência de um acidente de trabalho, há cerca de três anos.

Fonte da autarquia marcuense, que executou graciosamente o projecto da casa adaptada, disse à Lusa que a onda de solidariedade com o Márcio, casado e com um filho menor, estende-se às Freguesias de Tabuado, Folhada e Várzea de Ovelha e Aliviada, localidade onde reside.

(*) 13 de Fevereiro de 2008.

Fonte: http://www.rtp.pt/index.php?article=326332&visual=26