Jornal ver Sem Olhar, 3ª edição
VER SEM OLHAR
Dezembro de 2006
3ª Edição
Nesta página pode ver todo o conteúdo do Lerparaver organizado tematicamente.
Dezembro de 2006
3ª Edição
Duas propostas que atendem às necessidades das pessoas com deficiência visual foram aprovadas nesta quinta-feira (15) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Qual é a diferença entre o cego e o deficiente visual?
Tenho uma pergunta muito simples, embora muito controversa a fazer.
Por diversas vezes já aqui tenho visto perguntas de normovisuais a cegos sobre o seu mundo, mas... e o inverso? Não quero ser brusca ou de modo algum desagradável, mas não se interessam pelo nosso mundo (normovisual) os cegos?!
Agradeço desde já as respostas.
Obrigada
Começa hoje no CoimbraShopping uma campanha de sensibilização que visa sensibilizar a população para a problemática das acessibilidades dos deficientes visuais
A vida é feita de sensações e, desde criança, os estímulos vindos do mundo ao redor, principalmente dos pais, ajudam que a pessoa cresça e assimile o mundo à sua volta. Todo esse contato é estimulado pelos cinco sentidos: visão, audição, paladar, tato e olfato. Quando alguém nasce com uma deficiência, pode usar os outros quatro sentidos para a percepção do mundo. Mas a perda de um deles ao longo da vida traz mudanças bruscas para uma pessoa e obriga que ela reaprenda a viver. Principalmente se a perda for da visão, que é um dos sentidos que mais possibilita as trocas com o mundo ao redor.
Christina Fuscaldo - Extra
RIO - Gabrielzinho do Irajá ficou famoso ao mostrar na novela América (2005) que, além de levar uma vida normal, ele, que é deficiente visual, tem dom para o samba. Ali, o bambinha percebeu que podia ser um artista completo e, desde então, vem se dividindo entre o colégio, as aulas de teatro e a produção de seu primeiro disco, Ninar meu samba, que acaba de ser lançado.
Associação compartilha com a comunidade a técnica de confecção de móveis adaptados para crianças com deficiência visual ou com problemas neuromotores
Reportagem: Paulo Kehdi
Marta Ruffoni Guedes, 53 anos, vivenciou uma experiência crítica de vida. Após mais de quatro décadas contando com a visão, passou a perdê-la progressivamente, até que apenas um resquício no olho esquerdo foi preservado. Depois de um período de dúvidas, angústias e readaptações, ela encontrou no trabalho com a argila uma nova forma de conduzir a si mesma. Contando com o apoio dos familiares e, principalmente do filho Felipe, fez dessa a sua principal atividade.
A deficiência não impediu que este advogado e pedagogo trilhasse um bem-sucedido caminho profissional e ainda praticasse voluntariado a surdos
KEITY ROMA Da Reportagem
O sonho de oferecer uma vida melhor para os pais lavradores do interior de Rondônia fez com que Ângelo Alberto dos Santos tornasse a deficiência visual, com a qual nasceu, apenas um pequeno detalhe em sua vida. Apenas aos 18 anos ele pôde aprender a ler e a escrever, mas apesar da alfabetização tardia, aos 38 anos já realizou conquistas que surpreendem até a quem nasceu sem limitações físicas.
14-12-2006
O Dia Nacional do Deficiente Visual foi comemorado ontem com o desafio de ampliar a inclusão dos cegos e das pessoas que têm visão subnormal. Segundo a Adevimari (Associação dos Deficientes Visuais de Marília), é necessário que sejam abertos espaços para propiciar ensino profissionalizante a esse grupo.
O presidente da entidade, Miguel Argollo Ferrão Júnior, diz que muitos dos deficientes não estão capacitados para serem contratados por empresas que, segundo a legislação federal, devem ter determinada cota de deficientes.
Passaram-me a palavra para poder dizer algo sobre a experiência de não ver. Tarefa complicada para este pequeno espaço. Complicada também porque não ver é simplesmente não ver e poderíamos ficar por aí se a forma como se vê quem não vê não estivesse tão corrompida de confusões transmitidas durante séculos devido à falta de conhecimento e de tecnologia que deixava quem não via à margem da Sociedade.
ADRIANA ALVES
O professor de educação física da rede do ensino estadual, José Fernando Santos, perdeu a visão há 16 anos por causa de um glaucoma. Há seis anos ele conheceu o Centro de Apoio Pedagógico para Deficientes Visuais (CAP Visual) onde aperfeiçoou sua técnica de usar a bengala para se locomover e se interessou pela música.
Domingo 26 de Novembro, 2006 3:41 GMT
AHMEDABAD, Índia (Reuters) - Um grupo de modelos cegas subiu neste domingo na passarela em um evento que os organizadores dizem ser o primeiro desfile desse tipo para tentar combater estereótipos na Índia.
Vestidas com roupas típicas indianas, mais de 30 mulheres cegas subiram as rampas sem ajuda, em desfile nos arredores de Ahmedabad, capital do estado de Gujarat, no oeste do país.
"Não posso ver como estou com as roupas novas, mas estou gostando", disse Ekta, participante de 23 anos.
Sandra Alves
A ausência de informações em língua portuguesa sobre a deficiência visual levou dois amigos, cegos, a criar um portal na internet. Foi em 26 de Novembro de 1999 que António Silva e Daniel Serra iniciaram o projecto. Hoje, o LerParaVer (www.lerparaver.com) faz sete anos com um site remodelado, novos conteúdos e com o orgulho de ser "o portal da visão diferente".
Uma sala adaptada a crianças invisuais, dos zero aos 14 anos, foi inaugurada ontem, quinta-feira, na sede da delegação de Leiria da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. Embora cheia de cor, não é esse o factor que a distingue de tantas outras destinadas aos mais pequenos. Ali, as crianças terão oportunidade de aprender a desenvolver vários sentidos e capacidades físico-motores com vista a uma melhor integração e maior autonomia.
Na corrida da vida, o campeão Carlos Lopes encontrou múltiplas barreiras, mas nunca se deu por vencido. Aos 18 anos, perdeu o que restava da visão mas não se rendeu à fatalidade. Saltou a barreira e continuou a correr para alcançar os sonhos de criança: ser campeão. Hoje é um dos melhores atletas paralímpicos do mundo, soma medalhas e já perdeu a conta às vezes que fez subir a bandeira portuguesa nos mastros internacionais. Nesta entrevista revela ser um campeão dentro e fora da pista. Um homem sereno e ambicioso que apoia anualmente 250 alunos na escolha das suas opções escolares e profissionais.