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MAS PORQUE SERÁ QUE QUANDO NOS PERGUNTÃO O QUE É QUE NÓZESTAMOS AVER NÓZ RESPONDEMOS QUE ESTAMOS AVER TUDO PRETO. SENÓZ NUNCA VIMOS COMO É QUE PODEMOSDIZER ISSO!
Porquê? Pela minha experiência, julgo que,os normo-visuais têm medo de lidarem com uma situação que lhes é alheia, por isso, é mais fácil ignorar o que é diferente.
O interessante, é que existem pessoas que por mera coincidência ou não, se cruzam no nosso caminho e se interessam pela nossa realidade e até chegam à conclusão que temos uma diferença, mas somos seres iguais a todos os outros...
É importante, que nós tenhamos a consciência da nossa diferença, mas que issonão seja, por nunca, o motivo de descriminaçãoou exclusão da sociedade, pois somos cidadãos com deveres e direitos como qualquer outro cidadão.
Olá, Amigo MAQ!
Fiquei sem perceber muito bem o que me quis transmitir!
Eu sou cega, passo, por muitas situações de discriminação! Isto só porque quero viver!
Quando, no meu dia-a-dia, decido coisas, faço tarefas encarando isso como normal e necessário, como interveniente numa sociedade
E depois em resultado disso obtenho comentários, que me fazem sentir uma extraterrestre ou criança. Fico a pensar o quê?
Normalmente, falo em limitação, para que quem não esteja habituado a lidar com a deficiência visual, tenha abertura para obter informações, sobre as nossas dificuldades.
Perguntas como:
Como é que faz?
Quem é que escolhe a sua roupa?
Como é que sabe quando a comida está pronta?
Como é que sabe que a minha loja é aqui?
Como é que sabe que sou eu?
Expressões como:
É fantástica!
Coitadinha!
Cuidado!!!! E depois não dizem mais nada !
Pessoas que se assustam e fogem!
Falarem de mim, pensando que pelo facto de não ver também não ouço!
Enfim, MAQ, existem inúmeras situações, que me levam a dizer que a cegueira é mais uma das limitações com que eu tenho de viver! Mas nunca me esqueço nem quero, que para efeitos de convivência em grupo sou e apresento-me como deficiente visual!
Em termos de convivência pessoal, ou seja, comigo mesma, tive que encarar a cegueira, nada mais nada menos, como uma limitação! Pois não queria ficar, entregue aos outros, andar de mão em mão, achar que não ver era não ser capaz de fazer nada!
Quando, comecei a conquistar pequenas, mas mesmo muito pequenas, vitórias e a perceber que era capaz de fazer as mesmas coisas como quando via. As mesmas coisas, não! Existem coisas que já mais as voltarei a fazer!
Mas voltando à descoberta de que afinal era possível fazer coisas. Comecei a achar que tinha sempre que experimentar, pois só assim, ia sentir as dificuldades e aprender a contorná-las. Percebi que não posso querer ser super-mulher, nem o sou! Existe sempre o não em tudo que procuramos, porque se não tentarmos, como vamos saber que somos capazes! Já me surpreendi comigo mesma, mas nunca me derrotei, pois quando fracasso numa tarefa, não desisto há primeira, mas penso nas conquistas que já fiz!
Talvez por me ter proposto a viver assim, surja em mim, a necessidade de encarar a deficiência visual, como, uma das limitações que sou portadora!
Mas, sou uma cidadã portadora de deficiência visual, em termos mais comuns sou cega, em termos globais enquadro-me na frase: todos diferentes, todos iguais!
Continuo a dizer que não me sinto deficiente em nada porque as capacidades básicas para que seja um ser humano autónomo, essas eu possuo, só preciso de me esforçar mais um pouco, obter ajuda de outros seres humanos para que possa ultrapassar obstáculos transponíveis, porque existem sempre obstáculos intransponíveis para todo e qualquer ser humano!
Quero ser diferente, porque sou um ser humano, quero evoluir na minha mentalidade, quero que me encarem como uma pessoa especial na minha forma de agir, pensar, porque isto engloba muito trabalho da minha parte!
Ser diferente, porque sou deficiente visual, ou, cega, não me move para nada, pois esta diferença não fui eu que a criei!
Para mim chega de ser fantástica ou coitadinha, porque não me considero nem uma coisa, nem outra!
Quero voltar a ser simplesmente gente! Portadora das minhas qualidades e defeitos! Tentando a cada dia suavizar os meus defeitos, para que os outros vivam bem junto a mim! Pois estou sempre pronta a ajudar, é uma forma de derrotar limitações!
Para terminar, quero, agradecer ao Amigo MAQ, a sua opinião! Conto com resposta a estas minhas palavras! Pois acredito, que o confronto de opiniões é que leva à construção e evolução do ser humano!
Obrigada MAQ!
Beijinhos a todos
Isabel Cardoso
Olá, Sónia!
É tão difícil!
Qualquer coisa que possa escrever, pode ir ou não, ao encontro das suas necessidades!
Em relação à batata, usei como exemplo, para que possa utilizar noutras actividades culinárias.
Sobre a carne, sempre que posso, peço ao senhor do talho para me arranjar a carne a meu gosto.
Não gosto da forma como cortam o frango, peço só para cortar em 4 partes, ou seja separar os peitos e as pernas. Arranjei um martelo de madeira, daqueles que se usam para partir marisco, uma faca e uma tábua e depois coloco o pedaço de frango na tábua e com a faca assente na parte que eu quero cortar dou com o martelo até partir o osso. É que por exemplo tenho medo de me cortar e assim faço a tarefa sem correr qualquer risco e corto os pedaços de frango a meu gosto.
Em relação ao peixe, também peço na peixaria que me amanhem o peixe. Hoje em dia os peixes congelados, também já vem mais ou menos preparados.
Sobre os fritos , para mim é particularmente complicado, tenho imenso medo de o fazer, não consigo perceber quando é o momento de os virar ou se já está frito. Só as batatas fritas é que faço sem qualquer problema. Uso uma fritadeira de fogão com um cesto de rede, o barulho vai alterando consoante as batatas vão ficando fritas, no fim retiro uma e provo. Usando o cesto na fritadeira é muito seguro e controlável, antes de tirar umas e colocar outras ponho sempre o lume no mínimo, para que o óleo não aqueça muito.
Mas conheço pessoas que não tem qualquer problema em fazer fritos, também já perguntei como fazem, o que me apercebo, é que é muito intuitivo, ainda não consegui obter qualquer regra a utilizar, as pessoas que o fazem, conseguem-no e mais nada. Necessita de muita observação para o fazer e no processo de aprendizagem ainda mais.
Não é nada fácil, mas é possível, acredito e sinto que são tarefas que temos que nos propor a fazê-las sozinhas
Uma receita de doce simples e muito boa.
Uma lata de leite condensado
3 pacotes de natas daquelas de cartão, salvo o erro, de um quarto de litro.
4 folhas de gelatina branca
Bolachas maria
Bate-se as natas até ficarem duras, verifico com o indicador a consistência das natas, enquanto a cabeça do dedo não ficar marcada, não deixo de bater
Em seguida mistura-se o leite condensado, bate-se por alguns segundos para ficar bem misturado nas natas
Em relação às folhas de gelatina, estas devem ser colocadas num recipiente com água fria para irem amolecendo, enquanto faz o resto do doce
Depois de ter batido as natas e ter adicionado o leite condensado
Retira as folhas da água fria espreme as folhas com as mãos, vai sentir uma ligeira goma nas mãos, e, as folhas não se vão desfazer, mas já estão amolecidas
Em seguida, coloca o montinho de folhas numa tigela seca e adiciona um pouquinho de água quente, mas a água tem que ser mesmo muito pouca, porque senão vai tornar o doce muito líquido, não tenha medo porque não se queima, pois a água quente como é muito pouca ao entrar em contacto com as folhas frias vai arrefecer no momento e pode com o indicador misturar até ficar líquido
Agora adicione esse líquido ao doce, volte a bater tudo
Por fim verta para tigelinhas ou uma taça de doce grande
Decore com as bolachas maria, que tem que ser previamente esmigalhadas, uso o 1 2 3 ou o ralador de cenouras naquela parte que tem os furinhos mais pequenos
Boa sorte e vai ver que é fácil!
Esta tarefa não tem qualquer tipo de perigo, a não ser a utilização correcta da batedeira.
Beijinhos
Isabel Cardoso
Caríssima Luciana.
Graças a Deus, existem pessoas como você, que com seu talento não mede esforços para melhorar a vida dos deficientes visuais.
Conforme o amigo mineiro muito bem lembrou, uma de nossas maiores dificuldades principalmente nos grandes centros, é conseguir parar um ônibus. Sua iniciativa, poderá ser útil, em DIVERSAS ATIVIDADES. o MAIS IMPORTANTE, É QUE SUA PESQUISA ESTÁ SENDO DESENVOLVIDA COM UMA DEDICAÇÃO, QUE MERECE SER OBSERVADA POR OUTROS AMIGOS COMPETENTES QUE DE IGUAL MODO DESEJAM SERVIR. eVENTUALMENTE, ESCREVEREI SEGUINDO SUAS INSTRUÇÕES, PARA CONTRIBUIR COM SUA PESQUISA. pARABÉNS A VOCÊ E A SUA ESTIMADA AMIGA COMPANHEIRA DE TRABALHO. vários
Olá.
Ninguém tem dúvida que para nós deficientes, um dos bens mais preciosos é o trabalho. É através do nosso emprego que nos pudemos sentir úteis, que nos podemos sentir realizados, que nos podemos superar, no fundo, é através do trabalho que nos sentimos mais integrados.
Felizmente, nunca experimentei a sensação de estar desempregado, ou de estar em casa sem fazer nada, mas acredito que no dia em que isso acontecer para mim será um desespero enorme, e, estando consciente que isso me pode acontecer, como aliás pode acontecer a qualquer um de nós, estou solidário com todos aqueles que neste momento procuram um trabalho, para se sentirem mais úteis, mais válidos, mais capazes, mais integrados na nossa sociedade.
Nesse sentido, obviamente que a formação profissional deve ser uma das principais, senão a principal valência de uma associação de deficientes.
Mas, cuidado. A formação tem de assentar em vários pressupostos de rigor, exigência e muito critério na forma como depois se colocam os formandos no mercado de trabalho.
Ou seja, não pode existir formação só para a instituição obter receitas, nem nunca pode haver a ideia que para o formando, a formação será apenas para ganhar um sustento no final do mês.
Para a instituição a formação será um instrumento que a mesma deve utilizar para potenciar as capacidades dos formandos, e para dar junto da opinião pública uma imagem positiva dos deficientes, mostrando que, mesmo com a sua deficiência, as pessoas podem exercer uma actividade profissional da mesma forma que os outros seus concidadãos.
Para o formando, um curso de formação profissional deve ser o início de uma nova vida. Ele deve agarrar com as duas mãos as portas que se abrirem com esse curso, e deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance, para conseguir tirar o máximo partido possível do curso.
Se, através desse curso, o formando conseguir encontrar um trabalho durante vários anos, é obviamente o ideal. Mas, mesmo que isso não aconteça cabe ao formando não fechar as portas, e aproveitar essa oportunidade para quem sabe poder semear para colher mais tarde.
Esta é a perspectiva genérica que eu tenho sobre a formação profissional, claro está que muito mais haveria para dizer, mas para já fico-me por aqui.
+Filipe Azevedo
Olá Luciana! Eu sou estudante, vou a lugares normalmente, como teatros, shoopings, casa de amigos, locais onde fornece cursos, etc...
Só não vou em locais sozinho como: mercado, porque tenho uma mãe superprotetora. Mas futuramente eu irei sozinho...
Eu tenho de 15 a 20 anos. Moro no Brasil.
Acho que só.
Abraços
Grato Sidarta
Olá, como vão? Mais uma vez obrigada pelos comentários, pois são extremamente úteis para a pesquisa.
Uma das coisas que tenho notado no comentário de cada um, no que diz respeito a autonomia, a independência que possuem e almejam, apesar de muita gente ainda pensar o oposto.
O mais importante para o projeto de um produto é conhecer o usuário, saber quem vocês são: se trabalham, estudam, que lugares que freqüentam, mas como estamos na internet par segurança de todos gostaria de respostas genéricas por exemplo: trabalho, estudo, pego ônibus, vou ao shopping, quanto a idade pode ser dos 15 aos 20, 20 aos 30, 30 aos 40 anos e assim por diante.
Esse tipo de informação é muito importante principalmente para saber em que tipos de ambientes que será usado, quem usará.
Bem, se puderem colaborar mais uma vez ficaria extremamente agradecida.
Um ótimo final de semana e Páscoa a todos
Luciana Oliveira
Estudante de Desenho Industrial - Universidade de Brasília
LUCIANA, FICO MUITO FELIZ COM A SUA INICIATIVA. NÓS CEGOS ESTAMOS CONQUISTANDO DIA A DIA NOSSO ESPAÇO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO ATRAVÉS DE INICIATIVA DE PESSOA COMO VOCÊ. MAS MUITA COISA PRECISA SER FEITA, COMO POR EXEMPLO, CRIAR UM EQUIPAMENTO QUE NOS POCIBILITA DETECTAR QUAL O ÔNIBUS QUE VEM. QUANDO TEM GENTE NO PONTO PARA DAR SINAL PARA NÓS, TUDO BEM, MAS QUANDO NÃO TEM NINGUÉM, HÁ, MEU DEUS! SÓ DEUS! ABRAÇOS TIAO OLY DE BELO HORIZ
Meus parabéns pela iniciativa Luciana, com certeza seu projeto é da maior importância para nós cegos, de importância incalculável! meus parabéns e sucesso! tudo de bom!
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