Comentários efectuados por Daniel Serra
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Olá José Filipe
Uma pequena correcção. O Lerparaver não usa tabelas. Todo o layout é efectuado com CSS, tal como recomendam as regras de acessibilidade.
Assim, existe mais um grupo de páginas, as tableless, que são as recomendadas a diversos níveis, incluindo a nível de acessibilidade, mas são as mais trabalhosas.
Na maior parte dos casos usar tabelas simples pode não trazer problemas, mas muitas vezes são usadas tabelas com várias colunas e linhas, tabelas dentro de tabelas, o que pode tornar a navegação mais desconfortável.
A tendência actual é mesmo o tableless, mas a maior parte dos profissionais web ainda não está para aí virado, nem tem conhecimentos para tal.
De qualquer forma, os principais problemas de acessibilidade não se colocam a este nível.
Em relação ao Joomla, realmente um dos calcanhares de Aquiles é a acessibilidade. Não é um CMS que prima muito pelo cumprimento das regras do W3C, o que inclui as regras de acessibilidade. A futura versão 1.5 parece que vai melhorar a este nível, no entanto ainda não será perfeito.
Olá Marciel
O Jaws quando arranca, inicia com o sintetizador pré-definido. Sendo assim o que há a fazer é mudar o sintetizador pré-definido do seguinte modo:
Se tudo correr bem, da próxima vez já vai arrancar a voz da Madalena.
Olá a todos
Na notícia acima, parece transparecer que o panorama da acessibilidade web em Portugal é bastante bom.
No entanto, infelizmente, a maioria dos cegos sabem que tal não corresponde à realidade. Aquela conclusão resulta essencialmente da forma como foi efectuado o estudo, nomeadamente da análise dos dados.
Assim, tendo em conta o conhecimento da realidade, e essencialmente o relatório oficial sobre este projecto, disponibilizado em http://www.vector21.com/?id_categoria=12, gostava de expor as minhas conclusões, que são bem diferentes, mesmo das do referido relatório.
Não queria aqui discutir se os critérios usados foram ou não os melhores, o importante nesta altura é discutir os resultados.
Gostava de destacar 3 aspectos importantes.
Nível de acessibilidade analisada.
As directrizes de acessibilidade web contemplam dezenas de regras. Segundo o relatório, foram apenas analisados alguns pontos de acessibilidade, mais concretamente 9, alguns dos mais graves, mas apenas alguns. Isto significa que, se uma página teve pontuação máxima a nível de acessibilidade, significa apenas que cumpre o mínimo de acessibilidade, mas não necessariamente que seja verdadeiramente acessível.
Se os critérios fossem mais rigorosos, os resultados deveriam ser catastróficos em muitos casos.
Uma página que cumpra apenas estes critérios, está longe de ser uma página acessível, e que coloque em igualdade de oportunidades todas as pessoas.
Por exemplo, para que um cego possa navegar de forma rápida e cómoda numa página, é necessário cumprir mais um conjunto de regras constante das directrizes de acessibilidade, regras essas que não foram analisadas.
Poder aceder à informação é importante, mas aceder de uma forma rápida e simples pode marcar a diferença, por exemplo, em se ser ou não competitivo no mercado de trabalho.
Imaginemos que temos duas páginas semelhantes: numa, que cumpre a generalidade das regras de acessibilidade, demoramos um minuto a encontrar uma informação, e noutra, por não respeitar muitas regras de acessibilidade, demoramos 5 minutos. Acham que se pode considerar esta segunda página acessível só porque se atingiu o objectivo? Eu não considero.
Assim, ao analisar apenas alguns critérios pode-se considerar páginas acessíveis, quando verdadeiramente não o são.
Aqui a questão não está propriamente em discutir se deviam ter sido usados mais critérios, em especial porque são dezenas de critérios. A questão está em que deve ser dado realce ao facto de que foram apenas analisados alguns dos aspectos mais graves, mas que constituem uma minoria das directrizes de acessibilidade.
De uma forma extremamente simplicista, pode-se dizer que uma página é acessível na perspectiva de um dado utilizador quando se consegue aceder a toda a informação de uma forma simples e sem problemas.
Neste estudo foi dado ênfase - e bem -, à possibilidade ou impossibilidade de conclusão de uma dada tarefa. Mas penso que seria também muito importante que fosse indicado em quantas páginas é que se atingiu o objectivo sem problemas, ou seja, quantas são realmente acessíveis na perspectiva do utilizador?
Temo que a percentagem seja bastante baixa, e se o for, não se pode dizer que as páginas em Portugal têm uma acessibilidade alta.
2 Indicador usado para medir a acessibilidade
O relatório refere que o nível de acessibilidade global é alto. No entanto, tal conclusão, resulta de uma ponderação de 9 critérios, o que levou a resultados, a meu ver, errados.
Claro que é natural tentar quantificar-se o nível de acessibilidade, mas é importante analisar se os resultados são lógicos. Devia-se ter levado outros factores em conta e não apenas o designado índice vector 21.
A análise de critérios é importante, em especial para rectificação do que está mal, mas o verdadeiro grau de acessibilidade de uma página nunca poderá provir de qualquer operação aritmética de critérios, o que foi essencialmente o que aconteceu.
Com esta fórmula de cálculo, é teoricamente possível obter um nível de acessibilidade muito elevado, mesmo que uma página apenas tenha links gráficos não labelados e texto embutido em imagens, basta cumprir os outros critérios. Este tipo de páginas seria 100% inacessível, mas com este indicador da vector 21, teria um nível de acessibilidade elevado.
Vejamos, por exemplo, duas conclusões constantes no relatório com este indicador
Foi considerado que um subgrupo da administração pública tinha um nível de acessibilidade elevado, quando60% das páginas tem graves problemas com o flash.
Os sites de ecomerce também tiveram um nível alto, quando 3 quartos tem graves problemas de legendagem.
3 Casos de insucesso
Por fim gostava de destacar que, ao contrário do que saiu na comunicação social, o relatório destaca vários casos de navegação com insucesso.
Pelo menos duas páginas eram 100% inacessíveis.
Da administração pública, das que se tentou fazer transacções, em cerca de 40%, o objectivo falhou.
Em 12% das lojas, não se conseguiu fazer compras.
Mesmo que as páginas de insucesso fossem poucas, seria sempre de dar grande ênfase, é que para a pessoa em causa, pode significar muito na sua vida. Repare-se que, em diversas situações, a internet é a única alternativa.
No entanto, apesar destes valores, a ideia que saiu na comunicação social, é que as coisas não estavam más. Porém, os dados do relatório não me levam a concluir isso, embora as conclusões oficiais sejam essas.
Espero que as páginas analisadas tenham acesso ao relatório da sua página e que procedam às alterações necessárias a um bom nível de acessibilidade. Se tal acontecer, então valeu a pena esta iniciativa.
Concluindo, mesmo usando a metodologia usada, deu para detectar graves problemas de acessibilidade. No entanto, infelizmente as conclusões retiradas não são coerentes com os resultados obtidos, pelo que realmente foi uma oportunidade de sensibilização perdida, já que apresentou uma realidade irreal.
Afinal, se tudo está bem, para quê mudar?
Quem ler esta notícia fica com a ideia, que com mais ou menos dificuldade é possível um deficiente visual aceder a tudo na Internet.
Tal é verdade na maior parte dos casos, no entanto também depende da tecnologia assistiva que se usa, e dos conhecimentos informáticos. Muitas vezes os cegos têm de ser entendidos em informática e criativos, para conseguir ultrapassar problemas de acessibilidade que não deveriam existir.
Embora a iniciativa seja obviamente positiva, poderia ter ido bem mais longe. Por exemplo, Creio que se perdeu a oportunidade de se testar sites com funcionalidades totalmente inacessíveis. É certo que são felizmente a minoria, mas existem, e alguns são de grande importância.
Apenas 2 meros exemplos relacionados com o estado.
É impossível a um cego enviar um e-mail a um deputado através do site do Parlamento. É pedido para digitar os caracteres que surgem numa imagem.
É também impossível a um deficiente visual enviar a declaração de IVA pela Internet. De realçar que tal envio é obrigatório para empresas e alguns profissionais independentes, e apenas pode ser feito pela Internet. Aqui o problema é o uso de tecnologia Java, sem uma alternativa acessível.
Existem soluções para ambos os casos, basta boa vontade para as implementar.
O estado que deveria dar o exemplo, é o primeiro a incumprir, mesmo quando está obrigado a tal.
Esperemos que a Petição pela Acessibilidade Electrónica Portuguesa tenha os seus efeitos práticos.
Olá José Filipe
Concordo com a ideia base do teu post, no entanto é importante fazer alguns esclarecimentos:
Flash
Realmente o flash é um dos grandes problemas de acessibilidade. No entanto alguns leitores de ecrã conseguem ler flash, se este for concebido de forma acessível. De qualquer forma, deve sempre ser evitado.
Uma página elaborada praticamente só em flash, terá problemas em ser indexada por motores de busca, o que só por si faz com que uma página em html tenha mais visitas do que uma página feita essencialmente em flash.
Uma página elaborada basicamente em flash, certamente não foi elaborada por um bom profissional web.
Java Script
O teu post dá a entender que o Java script é sempre acessível. Tal não é verdade, existem problemas graves com java script, alguns deles ainda sem solução com as últimas tecnologias assistivas.
É certo que com um browser actual e um bom leitor de ecrã, boa parte do java script não trás problemas. No entanto nem todas as pessoas usam estes leitores, nem todos os equipamentos/browsers suportam totalmente o Java script. Desta forma as regras de acessibilidade rezam que uma página que tenha java script deva conter alternativas, usando por exemplo o noscript.
É também importante ter cuidado com os tipos de eventos javascript, estes não devem estar dependentes de um dispositivo em concreto como por exemplo, o rato.
Em suma, por princípio pode-se usar java script, desde que se garanta que a página não perde conteúdos e funcionalidades se este não estiver presente.
Desta forma, sempre que possível, deve-se usar apenas html e css.
Se for necessário usar outras tecnologias como java script e flash, deve-se usar seguindo as regras de acessibilidade.
O CSS bem explorado, permite fazer bastantes efeitos visuais, sem necessidade de outras tecnologias. O problema é que muitos alegados profissionais web, não sabem disso.
Obrigado Filipe por trazeres este tema para discussão.
O Jaws 7.0 já suportava o firefox, mas quem possuir licença para o 7.0 também possui para o 7.1, pelo que este último é recomendado.
Creio que havia uma maneira de colocar o firefox a funcionar com versões anteriores do Jaws, mas acho que era apenas para a versão 6.2.
Quanto a Manual, o funcionamento do Jaws no Firefox é igual ao que tem no Internet Explorer, embora alguns aspectos possam ainda não estar totalmente funcionais na versão 7, pelo que quem puder, deve usar a versão mais recente, neste momento, a 8.
Olá Filipe
Este problema nunca tive, no entanto tive um outro.
Quando tentei aceder ao acesso on-line do meu banco, solicitei o código junto de uma pequena agência. O problema é que foi me dito pelo gerente, de que não me poderia fornecer porque eu não poderia ver o código que estava no envelope.
Ainda aleguei que poderia usar um scanner, e que mesmo que pedisse a alguém a responsabilidade era minha, mas nada feito.
Como estava a necessitar dos códigos com alguma pressa, optei por não me chatear, solicitei os códigos por outra via, não me lembro se por telefone ou pela Internet.
Certamente que esta não é a postura geral do banco, mas é pena que aconteça.
Se fosse hoje acho que teria tomado outras medidas.
Abraço
Este problema ocorre porque por defeito o Jaws detecta automaticamente a língua da página e muda o sintetizador para essa língua.
O que está a acontecer nos casos que referiu, é que quem fez a página, incumpriu uma das regras de acessibilidade e indicou mal o idioma.
Uma solução será desabilitar a funcionalidade do Jaws de detectar automaticamente o idioma da página, e depois mudar manualmente o idioma.
Pode efectuar tal de forma temporária, através das opções de eloquência, acessíveis com "Insert + V". Basta desactivar com espaço a opção detectar idiomas.
No entanto em regra é preferível desabilitar esta funcionalidade de forma definitiva.
Para tal, entre no Internet explorer e pressione "Insert + 6 (bloco alfanumérico)" para chamar o gestor de configurações.
Se pretender alterar para todos os programas e não só para o Internet explorer, pressione "Control + Shift + D" para chamar as configurações por defeito.
Agora vá ao menu "Definir opções" e entre no item "Opções de HTML".
Com Tab procure "detectar idiomas" e desmarque com espaço.
Confirme com OK, e depois feche a janela do gestor de configurações, confirmando as alterações.
Visitei dia 5 de Abril esta exposição e gostei bastante.
Aproveito para informar que para os cegos estão disponíveis um catálogo em braille, bem como as legendas das fotografias.
Em alternativa ou não, podem contar também com uma visita guiada por alguém que parece realmente gostar do que faz, e de grande simpatia.
Os deficientes visuais, agora também designados de deficientes da visão, são todas as pessoas que têm uma perda acentuada da visão, creio que 60%, mesmo com correcções ópticas.
Estes dividem-se nos portadores de baixa visão, os que possuem visão útil, e os cegos, os que já não possuem visão útil.
Desta forma deficientes da visão é um grupo mais abrangente que os cegos.
Estas palavras podem apresentar sinónimos consoante os gostos ou maior ou menor formalismo.
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